A Kime aparentava ser uma rapariga igual a todas as outras
mas na realidade não era bem assim. Ela parecia ser uma rapariga feliz mas não
passava apenas de uma mascara para não mostrar aquilo que ela sofria.
Ela não tinha uma boa relação com os pais, mal falavam e quando
falavam os pais diziam-lhe que ela só fazia merda, para eles nada do que ela
fazia era correto. O irmão mais velho dela desiludia-a cada vez mais com
atitudes que tomava, ele era o herói dela desde criança, e agora estava a
tornar-se num estranho pois aquele já não era o rapaz com quem ela tinha
crescido. A irmã dela não passa de uma criança, é arrogante e tudo o que ela
faz tem que ser a seu favor, ela não faz nada a pensar nos outros, para ela só
ela interessa. Ela vive com o irmão mais novo, eles dão-se bem mas o irmão quer
ser igual a ela em tudo, quer se melhor em tudo e faz com que ela seja sempre a
´´ovelha negra’’ da família, e muitas vezes ela chora por isso. O Padrinho dela
morreu e desde então ela não fala com madrinha pois ela nem sequer lhe ligou a
dizer que o seu Padrinho tinha morrido, Kime ficou desiludida pois a madrinha
era como uma segunda mãe, ela defendia sempre a madrinha, ela discutia com os
pais por causa da madrinha, no fundo a Kime acha que a única coisa que a sua
madrinha queria era que o seu Padrinho morresse para que ela não tivesse
trabalho e para poder fazer tudo aquilo que ela queria. A madrinha dela era a
sua heroína, a Kime cresceu com ela e se não fosse pela sua insistência a Kime
nunca tinha nascido. A vida de Kime é um sofrimento diário, todos os dias ela
chora, ela pensa inúmeras vezes em suicidar-se e se não o faz não é por falta
de coragem mas sim porque tem esperança que um dia as coisas possam compor-se e
ela possa ser feliz. (...)
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